Nunca houve no mundo um gesto tão grandioso, como o de Deus na Cruz...
(...) Jürgen Moltmann, ao refletir sobre o sofrimento de Cristo, afirma-nos que “o sofrimento de Cristo não é exclusivamente sofrimento seu, mas é inclusive nosso sofrimento e o sofrimento de nossos dias” (MOLTMANN, 1996, p. 42). Na Paixão de Cristo, narrada pelos evangelistas e pregada por Paulo e vivenciada na liturgia, percebemos que Cristo participa do nosso sofrimento e carrega nossas dores, ou seja, sua cruz está interligada às nossas cruzes como sinal de uma perfeita compaixão. Parece-nos, em primeira instância, que Cristo sofre sozinho, mas percebemos na teologia paulina que existe uma humilhação e uma plena doação, e que, nesta, o Pai sofre com Ele. Por isso, Jesus Cristo, em sua Paixão, se compadece de nós, pelas suas chagas nos salva e “na Cruz não só se realizou a Redenção através do sofrimento, mas também o próprio sofrimento humano foi redimido” (SD, 19).
Por Pe. Paulo Nunes
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