Alegria, Aleluia e Ressurreição!
Neste dia tão especial, ainda na Oitava da Páscoa (portanto, jubilosos pela passagem deste tempo que norteia a nossa fé, a fé no Cristo Ressuscitado), desejo dirigir-lhes algumas palavras aos leitores deste blog, em especial, aqueles e aquelas que comungam da mesma (cristã).
O sentimento que nos contagia, neste tempo, é o sentimento de Alegria. Uma Alegria mesclada pelo testemunho de Maria Madalena e as outras mulheres – que ao chegarem ao túmulo de Jesus, encontram-no vazio, não se contêm da alegria e vão correndo anunciar aos outros que Jesus havia ressuscitado; uma alegria também mesclada pelo testemunho daquele Discípulo Amado, que mesmo chegando primeiro ao túmulo, não entra, mas espera, no respeito a autoridade de Pedro. E ao entrar, crê; e, ainda naquela mesma alegria dos Discípulos de Emaús, desejosos que Jesus permanecesse com eles e, que sentiam o coração se abrasar pelas palavras de Jesus, O reconhecem no partir do pão; por fim, numa alegria que nos faz experimentar a paz do Ressuscitado, mesmo diante de todos os obstáculos experimentados pela Igreja nos tempos atuais. Deus é fiel e nos convida a sermos também fieis.

Frei Ranieiro, ainda em sua pregação, por ocasião da Semana Santa (2010), dizia: “A fidelidade a Cristo e a sua Igreja se opõe a traição da confiança depositada por Cristo e sua Igreja, oposta à uma vida dupla, ao pouco caso para com os deveres de sua condição e que, por isso, sabemos por dolorosa experiência quanto dano pode provocar à vida da Igreja e de suas almas”. Isso vale para todos nós!
Deste modo, que este tempo pascal nos faça enxergar os mistérios de Deus nas pequenas coisas e nos grandes exemplos de homens e mulheres que dão a vida pela santidade da Igreja e pelo Reino de Deus, bem como, diáconos e sacerdotes. Evidencio, com peculiar admiração, S. J. Maria Vianney, que na sua simplicidade e vitalidade sacerdotal, soube ouvir a voz de Deus, mesmo em meio ao mundo perturbado pela revolução política e eclesial de sua época, não muito distante da nossa. Dizia o Cura D’Ars, sobre o Amor de Deus que o encorajara:
Após a consagração, o Bom Deus está aqui como no céu. Que beleza! Se o homem conhecesse bem este mistério, ele morreria de amor. Deus nos poupa por causa de nossa fragilidade. Quando quis dar um alimento à nossa alma, para sustentá-la durante sua vida, Deus perpassou os olhos pela criação e não encontrou nada que fosse digno dela. Então, voltou-se para si mesmo e resolveu dar-se. Ó minha alma, como você é grande, pois não há quem possa contentar-te, senão Deus! O alimento da alma é o corpo e o sangue de um Deus! Oh! Que belo alimento! Pois, se pensa nele, há razão para se perder pela eternidade neste abismo de amor!”
Que estas palavras retinem em nossos corações e nos façam exalar o perfume da Ressurreição, de uma Igreja Viva e que seja capaz de levar a verdade de Deus, mesmo que muitos dêem às costas. Verdade esta, que não acompanha uma moda temporal e subjetivista, baseada no relativismo e no efêmero da vida. A verdade que trazemos é Jesus, o Ressuscitado, mesmo que sejamos como vasos de barro. Coragem! Somos mais do que parecemos ser. Aquele que nos chamou é fiel e cuida dos seus eleitos. A todos, Feliz Páscoa, que ao redor da Ceia Eucarística se concretize a nossa união e que cada sacerdote possa experimentar e exalar pelos quatro cantos de suas dioceses, o bálsamo da vitória de Cristo sobre a morte. Parabéns, em especial a todos vocês sacerdotes, que no exercício do ministério, muito têm me ajudado a crer que vale apena ser padre! Parabéns, amigo e amiga que dispõe do seu tempo para ler as minhas postagens e divulga o meu trabalho. Valeu!
Alegria, aleluia, aleluia!
Paulo Nunes
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