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terça-feira, maio 11, 2010

Economia, Vida e Solidariedade

Uma abordagem político-solidária sobre economia
Por Paulo Nunes
É bem sabido que a economia envolve aspectos muito mais amplos que aqueles que conhecemos relativos às questões financeiras. A economia não pode se apresentar indiferente à vida e esquecer-se de sua ligação intrínseca com os temas da justiça, solidariedade, fraternidade e paz. A reflexão a cerca da economia solidária propõe um olhar sob uma perspectiva mais humana que abrange cuidado, ou seja, contempla o todo e sensibiliza à valoração da pessoa humana e de sua consciência planetária. Economia e vida formam laços inseparáveis que unem o homem e a sua mais alta dignidade, a vida.

Uma economia solidária não quer dizer uma economia caritativa, mas que o valor da vida esta em primeiro lugar. Exige participação, não apenas nos planos de gerar produtividade e resultados, mas de participação dos empregados nas decisões e discussões; preocupa-se com o consumo e presa por uma sustentabilidade. Basta pensar no meio ambiente. A natureza tem seus limites e requer cuidado e preservação, e a exploração descontrolada destas riquezas naturais desencadeará em grandes desastres, como, já estamos testemunhando. Mesmo porque, uma economia que cresce às custas dos estragos ambientais, não gera vida, mas apenas o capital. Muitas doenças que existem, existem por causa do uso exagerado de químicos, seja em empresas, seja no solo, nos animais ou nos vegetais. É uma economia que não se preocupa com valores éticos, mas, tão somente, em seus lucros.

Empresas capitalistas geram empregos, garantem salários e direitos trabalhistas, mas é incapaz de ouvir o empregado e fazê-lo participar da gestão, este é, apenas, uma peça geradora de capital e que pode ser descartado a qualquer tempo ou queda de lucro. O empregado, neste sistema escravista, não pode reclamar de nada, menos ainda da sobrecarga e da exigência de objetivos de meta, mesmo que tornem seu fardo pesado. A economia que temos, atualmente, concentra-se no capitalismo selvagem que gera lucros, independente de quem seja ferido, gera no ser humano, apenas, uma busca destemperada do ter, mesmo sem necessidade. Aqueles em que os recursos não chegam, sofrem com a ausência daquilo que julgamos necessário à vida: educação, saúde, emprego, segurança, moradia, saneamento, transporte, lazer e etc.

Um empreendimento que seja norteado por uma economia solidária tem por princípio “aceitar todas as trabalhadoras e trabalhadores interessados em formar uma sociedade” que seja capaz de proporcionar o encontro entre a economia e a vida do homem, bem como estabelecer princípios e metas que elevem a sua dignidade. Na economia solidária o sucesso é de todos, bem como os problemas, por isso, a superação é almejada em comum união. Portanto, é possível favorecer uma economia a partir dos valores da justiça, da igualdade e da solidariedade e, que promovam uma melhor distribuição dos bens e recursos, satisfazendo às necessidades de todos e não de uns poucos. Ou seja, uma economia que proporcione um consumo menos agressivo e que faça dos empreendedores solidários, “produtores e consumidores”. Responsáveis por suas vidas e pelo bem estar de todos.
Resenha do texto “Economia (solidária) é vida por Paul Singer – economista e sociólogo. Texto da revista Vida Pastoral – Edições Paulinas – Edição bimestral março-abril 2010.

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