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sábado, junho 26, 2010

Corações agradecidos e ... inundados pelo Perfume de Cristo!

NOSSOS AGRADECIMENTOS
Por Franklin Silveira

Em ocasião da Realização da Ordenação Diaconal de Danilo Pinto, Elton Santana, Franklin Silveira, Milton Santos e Paulo Nunes - 19 de junho de 2010

Primeiramente, gostaria de agradecer a estes meus companheiros que me confiaram este momento. É difícil falar em nome de todos, porque, como agulha,eu precisaria sair costurando harmoniosamente com a linha da palavra os diferentes tecidos da vida de cada um.

Está aí! Penso que, se existe uma coisa que nos faz semelhantes a Deus é expressar-se pela palavra. O nosso Deus é Palavra, e mais: é “pão amassado com palavra”. Meus companheiros não sabem o que eu escrevi, mas acreditaram que as minhas palavras pudessem se tornar nossas palavras. E, como ao agradecer, corro o risco de esquecer nomes próprios, adjetivos, advérbios, quem sabe uma interjeição! Então, resolvi usar da palavra naquela modalidade que põe Deus a nos escutar: a oração. Silêncio! Neste instante sem tempo,nos dirigimos ao Pai e desfrutamos dos benefícios dessa intimidade. “Suba ao teu encontro, Senhor, a nossa oração, como odor pacífico que Te agrade”.

"Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que crias as plantas aromáticas”. Bendizemos-Te pelo chamado a compartilhar o fruto da tua promessa. Em resposta à tua proposta amorosa, desejamos que a nossa vida, ofertada a Ti pelos méritos do teu Cristo, exale um inconfundível aroma que te alcance e Te faça sorrir.

Ao olharmos a tua Criação, transformada pela criatividade humana, aprendemos que os melhores perfumes são extraídos da maceração de plantas que se entregam, decantam o tudo de si, passeiam pelos ares e, de um estranho modo de beleza sem forma, quando inalados, adentram o coração, provocam suspiros, e deslizam por entre as memórias afetivas.

Somos conscientes, Senhor, de que, na composição do nosso aroma, diversas notas foram pouco a pouco misturadas. Por isso, rendemos-Te graças pelo extrato das raízes de nossas famílias, que nos ensinaram a Te olhar e a chamar-Te de Pai, a nos sabermos herdeiros da promessa feita a Abraão, a Isaac e a Jacó. E, quando a inocência ainda tinha cheiro de frutas apanhadas no quintal, aprendemos, nas cirandas e brinquedos, que a vida em grupo é mais divertida que a interação fria da tela do computador. Os carrinhos feitos de garrafas de água sanitária faziam-nos correr ruas e desejar ganhar o mundo. Do mesmo modo que o cheiro de capim amassado se deixava conduzir pelo vento, faze-nos livres em Ti.

Permita, ó Eterno, que aquela Mocinha de Nazaré nos proteja com o seu manto, como faziam os vendedores, que envolviam com papel seda azul as maçãs para lhes proteger o aspecto e o suculento aroma de novidade do sul.

Agradecemos por tantos, por tantas, por essa gente sem fronteira, atrevida, cuja única vaidade é poder dizer que ajudou a destampar o frasco, liberando a maturada essência ao mundo. Que esses professores, formadores, padres, irmãs, animadores, seminaristas, funcionários e amigos recebam de Ti algo especial: uma daquelas travessuras que guardas a sete chaves, no baú da graça santificante. De preferência, com cheiro de orvalho, de despertar da vida, daquela tão necessária ressurreição de cada dia.

O escândalo da cruz do teu Filho impactou a nossa história: com seus braços abertos, do peito lanceado escorreu o mais precioso perfume: o Nardo que é teu Espírito. Pai, pedimos-Te que esse amor-aroma inebrie a todos que marcaram a nossa existência, a nossa vocação e a nossa eleição. Dá-nos deste bálsamo, ainda que uma pequena gota, e o nosso ministério será fecundo.

As nossas ruas e praças têm sido invadidas pelo odor da morte. Infunde-nos de um novo ardor na tarefa de restaurar pessoas. Sê generoso com a Arquidiocese de São Salvador, com o seu Pastor, com as nossas paróquias de origem, com as de nossas pastorais e com todo o povo, para que esta nossa Igreja se revele como verdadeira casa de Bethania: lugar da acolhida, do serviço e do amor sem medidas.

Atrai-nos ao redor da mesa da partilha, como nos atraía o cheiro da comida de nossas mães e avós nas suas panelas cheias de vida e afeto. Dilata nossas narinas à tua verdade e sentiremos o gosto alegre de salvação. E se, por acaso, um espirro de resistência nos escapar, aproveita-o! Toma-o como dispensador a empurrar o perfume para mais adiante. Que o doce aroma do teu Espírito nos una ao redor do teu Filho, pois só assim o mundo crerá. Amém!

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