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quinta-feira, julho 07, 2011

Com a palavra... Dom Odilo Scherer

Pronunciamento de Dom Odilo

Eu não queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados.

Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir. Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!

“Nem santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus.

A Igreja católica refuta a acusação de “homofóbica”. Investiguem-se os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna.

Quem apela para a Constituição Nacional para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeitamos a livre manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer.

A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher.

Causa preocupação a crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessadas em impor a todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que nunca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será sustentável para o futuro da civilização e da humanidade?

As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros.

Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 28.06.2011Card. Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

Um comentário:

  1. O HOMOSSEXUALISMO EXACERBADO DO SÉCULO XXI

    A prática do homossexualismo é grave distorção dos planos iniciais de Deus para a humanidade. Em Gn 1.27, cria o homem e a mulher; em Gn 2.24, abençoa a união sexual dos dois e em Gn 1.28 confia-lhes a missão de se multiplicarem.
    Essa mesmas atribuições são confirmadas em Ef 5,32; Mt 19-12 e Mc 10,6-9. Nas Ss. Escrituras o homossexualismo é grave pecado de depravação, com várias contundentes condenações: 1 Cor 6,10 Rm 1,24-27, 1 Tm 1,10, Ap 21,8 e Ap 22,15 etc., ou seja, os que vivenciam essa aberração não entrarão no Reino dos Céus.
    Note-se que a Igreja não condena o homossexual em si, trata-o com todo respeito e deferência; para merecerem-no, devem adotar a castidade, sem aderirem às práticas sodômicas.
    Simultaneamente participam desses pecados doutra forma todos os defensores da causa, das práticas e favoráveis aos direitos unitivos gays, assim como votantes em candidatos e a partidos admitentes de legalização para os adeptos desses graves desvios comportamentais ético-moral-religiosos; é bom notar que têem ódio particular aos católicos e a Cristo-Igreja Católica, por condenar veementemente seus desnaturados e satânicos procedimentos.

    Assim como há a bíblia adaptada à herética e relativista Teologia da Libertação, oriunda de ideologia marxista - o pior é que muitos eleitores católicos(?) promovem e votam em candidatos e partidos socialistas - da forma como a situação está, talvez haja brevemente a edição bíblica adaptada às conveniências gays; de repente, condenação e inferno se destinarão a seus opositores...

    As recentes e talvez próximas pichações adversas em templos católicos e outros locais, e mais subversões de fotos de ícones católicos em paradas gays, assim como novas possíveis confrontações são externalização do ódio subjacente à Igreja de Cristo, desafio público à pessoa e poder de Jesus por censurar-lhes suas posturas satânicas, evidentes sinais aonde chegou a degradação.

    Oportunamente, quem se mantiver nessas atitudes insanas e impenitentes à palavra e poder de Jesus receberá a justa paga; acha boa idéia assumir essas posturas e após a morte cair nas garras de satanás?

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