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sábado, janeiro 21, 2012

Homilia do Pe. Paulo Nunes – III Domingo do Tempo Comum

Homilia – III Domingo do Tempo Comum
Ano B: (Jn 3,1-5.10; Sl 24; 1Cor 7,29-31 e Mc 1,14-20)

“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc 1,15).


Somos tão inconstantes quanto o tempo. Assim, como não sabemos ao certo se chove ou faz sol, apenas prevemos, ou seja, não é certeza. Somos inconstantes porque não aprendemos lidar com ele: se temos muito tempo, reclamamos que o tempo não passa; se temos pouco tempo, reclamamos que o tempo passa rápido. Creio que o problema está em nós que não sabemos administrar o tempo que temos, e não o tempo em si. A liturgia, de hoje, apresenta-nos o tempo propício de Deus, ou seja, o tempo que se completou, a hora que chegou... É agora!

Santo Agostinho, um dos grandes pensadores da Igreja, ao refletir sobre o tempo nos constatou: o ontem e o amanhã não existem mais; o hoje é o que existe. Melhor ainda, Hoje-Agora, o tempo da graça, a hora de Deus, o tempo Kairós. Nas linhas do profeta Jonas e na apresentação da trama do Evangelho em Marcos, o tempo de Deus apresenta uma urgência: “... o Reino de Deus está próximo” (Mc 1,15); e nos faz uma exigência: “Convertei-vos...” (Mc 1,15), por isso, o chamado a Jonas, André, Simão e aos demais, é imediato e a resposta dos que acolhem, deve ser também imediato. Qual tem sido a sua resposta diante do chamado urgente que o Senhor te faz?

Viver pelo Reino exige decisão. Quando nos decidimos pelo Reino, tudo mais é relativo, como nos ensina S. Paulo, na I Carta aos Coríntios: “... o tempo está abreviado. Então... os que têm mulher vivam como se não tivessem mulher; e os que choram, como se não chorassem...” (cf. 7, 29-31). O Apostolo nos apresenta a fugacidade do tempo, de tudo que é relevante na vida e que o apego as coisas, pessoas ou situações nos aprisionam. O Apostolo não desvaloriza o matrimônio, a alegria ou a amizade, mas coloca o fiel diante do que não passa: Jesus e a sua Palavra. Aqui encontra-se a Eternidade de Deus!

Contudo, nosso maior desafio torna-se acolher a Boa Nova do Reino, como fez os ninivitas ao ouvirem a pregação de Jonas. Por quê? Por que conversão exige mudança de vida, assim como aconteceu aos ninivitas, como relata o profeta: “Os ninivitas acreditaram em Deus; aceitaram fazer jejum, e vestiram sacos, desde o superior ao inferior...” (Jn 3,5). A Palavra de Deus é clara e nítida quando diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc 1,15). Irmãos, não é Deus que se converte às nossas necessidades, aos nossos quereres... somos nós que devemos nos converter e crer Nele, mudar a direção de nossos olhos e fixá-los Nele, Deus de nossas histórias.

Quando Jonas é enviado à Nínive, a princípio ele não quer ir, pois sabia da dureza do coração daquele povo e que seria quase impossível acontecer alguma conversão. Mas Deus é o Senhor de tudo e nos ensina que a conversão depende da nossa cooperação, pois é Ele que opera. Portanto, o tempo para a conversão, para Deus operar é agora! Já! Organize o seu tempo para Deus, não se engane ou tente enganar o Senhor com suas desculpas falaciosas e malandrosas. Dê uma resposta de amor a este chamado de amor de Deus: Mude de vida!

Amados, desejemos um Novo Tempo em nossa vida... em nossa comunidade... em nosso grupo... Confiemo-nos ao Senhor Ele é justo e bondoso e deixemos que Ele opere em nossa conversão e que sejamos cooperadores, como fez Jonas com Nínive. Decida-se por Cristo, pois Cristo decidiu-se por você!
Por Pe. Paulo Nunes
21/01/2012

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