(Cor verde - II Semana do Saltério)
Irmãos e Irmãs,"... não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu" (J o 6, 32).
Estamos vivendo um mês muito importante na vida liturgica da Igreja onde Deus nos fala. Este mês de agosto nos marca em duas motivações, em especial. Nos marca por ser um mês vocacional e pelo dia quatro de agosto ser o dia de São João Maria Vianney, lembrado este ano pelo seu centuagésimo quinquagésimo ano de falecimento. Por isso, um ano dedicado aos sacerdotes, onde a liturgia, destes dois últimos domingos, nos fez olhar para duas pessoas importantes para a nossa história de salvação: Moisés e Jesus.
Entre a vida de Moisés e a vida de Jesus há muitas semelhanças: nasceu para ser profeta, foi guia do povo, mediador entre Deus e os homens, libertador do povo da escravidão do Egito... Mas, também, há muitas dessemelhanças, pois Jesus não foi apenas profeta, mas Senhor, Filho do Altíssimo, o Emanuel.
Moisés trouxe o alimento perecível, enquanto Jesus se deu como alimento eterno. O maná do deserto alimentou o povo, mas o povo morreu. Jesus é o alimento da vida. O alimento dado por Jesus é capaz de nos "desporjarmos do homem velho e revestirmos do homem novo" (cf. Ef 4, 22-24), como afirmara São Paulo.
Poderíamos nos questionar se o alimento que a mentalidade do mundo oferece, de fato, sacia a nossa fome ou se ainda o alimento que nos é dado do céu nos faz mais humanos. Nós temos fome do pão de Moisés (circunstancial, material, mas passageiro, embora também vindo do céu...) ou o pão de Jesus, onde Ele mesmo, por amor, se deu e fortaleceu-nos de corpo e alma? O maná do Antigo Testamento foi muito importante para a vida do povo de Israel, onde inclusive saciou a fome e provocou a Esperança, pois Deus se compadeceu do povo, mesmo quando este não foi fiel. Não se trata de menosprezar o maná de Moisés, mas de colocar no devido lugar Áquele que é o Senhor, ou seja, não deu o pão somente, mas se fez.
Que, neste tempo vocacional, possamos viver intensamente o que a Mesa Eucaristíca e da Palavra nos provoca e que o maná do céu não nos falte em nossos desertos de fé, em nossas turbulências familiares ou em nossos conflitos internos e externos. Que a Virgem Maria interceda ao seu Filho por cada um de nós, também seus filhos, que sofrem de fome e sede de paz e justiça.
*Paulo Nunes
Ótima reflexão!!!
ResponderExcluirQue Deus continue te iluminando!!!!!
Beijossssss, Dany Braga