“A beleza denuncia que a vida está inserida ‘em outra coisa’, que o imediato é sempre um sinal visível de uma presença invisível e vai muito além de nossas capacidades humanas de compreensão, além do horizontalismo a que o pragmatismo da nossa civilização se submeteu” (Carlos Pastro).
Quem não gosta de apreciar um belo espetáculo, ler um bom livro, um jornal atraente, acessar um bom site ou blog? E ainda: quem não se sente bem em participar de uma celebração, onde a equipe de liturgia comunica-se bem, o padre fala em bom tom e pronuncia corretamente as palavras, o canto é bem entoado, os símbolos são claros, a dança é harmoniosa e o templo é bem arquitetado? Se todo conteúdo pode ser expresso, com a ciência teológica não poderia ser diferente. O conteúdo teológico transcorre a história, adentra a vida do homem e a sua existência nas suas mais complexas dimensões. Poderíamos ainda nos perguntar: em que o tema da comunicação e da beleza toca a Teologia? De que modo estes elementos aliados com a tecnologia podem alimentar a fé e favorecer a missão? Embora, não pretenda esgotar a discussão sobre estas questões, quero apenas oferecer meios de reflexão sobre a necessidade e a pertinência da arte de comunicar para o ministério e a missão da Igreja.
Antes de qualquer tentativa em aprofundar estas questões cabe a cada um de nós fazer um panorama do atual cenário dos meios de comunicação social, bem como, a quem estes estão a serviço. Percebe-se que a verdade, muitas vezes, não é parâmetro para o uso dos meios de comunicação e que existe uma influência destes na vida das pessoas e da sociedade. Estes, porém, demonstram ter a pretensão não só de apresentar a realidade, mas também de determiná-la graças à capacidade e força de sugestão que possuem. É sabido que, em certos casos, a comunicação é utilizada não para um correto serviço de informação ou expressão da beleza, mas para “criar” acontecimentos, despertar certos sentimentos e comportamentos que incidem profundamente em todas as dimensões da vida humana. Por isso, compreendemos que nem tudo aquilo que é tecnicamente possível é eticamente praticável e o impacto dos meios de comunicação sobre a vida do homem contemporâneo coloca questões inevitáveis, que aguardam decisões e respostas não mais adiáveis.
Diante do cenário que nos é proposto, a resposta encontra-se na busca de informar a verdade e torná-la acessível a todos. Certamente existe uma atualidade nas palavras de Jesus que, ao enviar os discípulos em missão, dizia: O que vos digo em trevas, dize-o em luz, e o que escutais ao ouvido, pregai-o sobre os telhados (Mt 10,27). Estas palavras são atuais, necessárias e pertinentes, porque é importante que o Evangelho seja alcançado pelos modernos meios de comunicação e seja propagado com beleza pelos telhados do mundo, hoje, simbolizados pelas antenas de TV e de rádio. Por tanto, é possível aliar teologia, comunicação, fé e arte, visto que a fé sempre foi fonte de inspiração para a arte, lembremos, por exemplo, de nomes de grandes artistas como Rembrant, Miguel Ângelo, Da Vinci e tantos outros.
Antes, porém, destes grandes homens, a própria criação do mundo e do homem é a manifestação da glória e beleza de Deus, como nos afirmara o poeta e cantor Zé Vicente: “Nosso Deus é o artista do universo, é a fonte da luz, do ar, da cor, é som, é a música, é a dança, é o mar jangadeiro e pescador (...)”. Depois, o próprio Deus, ao se comunicar com os homens, usou da voz dos profetas (cf. 1Pd 1,10-11), da sarça ardente (cf. Ex 3,2-4), da nuvem no Monte Tabor (Mt 17,5) e das línguas de fogo em Pentecostes (At 2,1-4). E mais, o Verbo fez-se carne e se auto-comunicou refletindo a imagem perfeita do Pai (cf. Cl 1,15), desenhou no chão (Jo 8,6), falou em parábolas (Mt 13) e, depois, seus seguidores usaram o método das cartas (Paulo, Pedro...). Hoje, comunicamo-nos pelos ritos, gestos e símbolos e também pelos meios de comunicação social que se expandem vigorosamente no meio católico.
Quando os meios de comunicação social se encontram com a verdade e a partilham, contribuem com a educação e o resgate de valores na família e na sociedade, já que, de alguma forma, esses meios influenciam nas relações pessoais e interpessoais. Existe uma beleza expressa nas obras de arte de nossas igrejas, nos sites ou blogs de nossas paróquias ou grupos, na música litúrgica e religiosa, na arquitetura dos templos, nos jornais e folhetins e na própria vivência cultual de nossas comunidades. O tema da beleza acompanha a nossa vida de fé, pois “a beleza é a expressão visível do bem, do mesmo modo que o bem é a condição metafísica da beleza” (Papa João Paulo II, Carta aos artistas). Por isso, a teologia e a arte nascem da profundidade do mistério e sua missão é comunicar a beleza da vida, mesmo que, no cotidiano, esteja fragmentada pelos obstáculos e pelas angústias da existência humana. Tornar clara a comunicação de Deus, o seu relacionamento com os homens e harmonizar as liturgias, é o que se pretende quando se entrelaçam Comunicação, Teologia, Beleza e Missão.
Antes de qualquer tentativa em aprofundar estas questões cabe a cada um de nós fazer um panorama do atual cenário dos meios de comunicação social, bem como, a quem estes estão a serviço. Percebe-se que a verdade, muitas vezes, não é parâmetro para o uso dos meios de comunicação e que existe uma influência destes na vida das pessoas e da sociedade. Estes, porém, demonstram ter a pretensão não só de apresentar a realidade, mas também de determiná-la graças à capacidade e força de sugestão que possuem. É sabido que, em certos casos, a comunicação é utilizada não para um correto serviço de informação ou expressão da beleza, mas para “criar” acontecimentos, despertar certos sentimentos e comportamentos que incidem profundamente em todas as dimensões da vida humana. Por isso, compreendemos que nem tudo aquilo que é tecnicamente possível é eticamente praticável e o impacto dos meios de comunicação sobre a vida do homem contemporâneo coloca questões inevitáveis, que aguardam decisões e respostas não mais adiáveis.
Diante do cenário que nos é proposto, a resposta encontra-se na busca de informar a verdade e torná-la acessível a todos. Certamente existe uma atualidade nas palavras de Jesus que, ao enviar os discípulos em missão, dizia: O que vos digo em trevas, dize-o em luz, e o que escutais ao ouvido, pregai-o sobre os telhados (Mt 10,27). Estas palavras são atuais, necessárias e pertinentes, porque é importante que o Evangelho seja alcançado pelos modernos meios de comunicação e seja propagado com beleza pelos telhados do mundo, hoje, simbolizados pelas antenas de TV e de rádio. Por tanto, é possível aliar teologia, comunicação, fé e arte, visto que a fé sempre foi fonte de inspiração para a arte, lembremos, por exemplo, de nomes de grandes artistas como Rembrant, Miguel Ângelo, Da Vinci e tantos outros.
Antes, porém, destes grandes homens, a própria criação do mundo e do homem é a manifestação da glória e beleza de Deus, como nos afirmara o poeta e cantor Zé Vicente: “Nosso Deus é o artista do universo, é a fonte da luz, do ar, da cor, é som, é a música, é a dança, é o mar jangadeiro e pescador (...)”. Depois, o próprio Deus, ao se comunicar com os homens, usou da voz dos profetas (cf. 1Pd 1,10-11), da sarça ardente (cf. Ex 3,2-4), da nuvem no Monte Tabor (Mt 17,5) e das línguas de fogo em Pentecostes (At 2,1-4). E mais, o Verbo fez-se carne e se auto-comunicou refletindo a imagem perfeita do Pai (cf. Cl 1,15), desenhou no chão (Jo 8,6), falou em parábolas (Mt 13) e, depois, seus seguidores usaram o método das cartas (Paulo, Pedro...). Hoje, comunicamo-nos pelos ritos, gestos e símbolos e também pelos meios de comunicação social que se expandem vigorosamente no meio católico.
Quando os meios de comunicação social se encontram com a verdade e a partilham, contribuem com a educação e o resgate de valores na família e na sociedade, já que, de alguma forma, esses meios influenciam nas relações pessoais e interpessoais. Existe uma beleza expressa nas obras de arte de nossas igrejas, nos sites ou blogs de nossas paróquias ou grupos, na música litúrgica e religiosa, na arquitetura dos templos, nos jornais e folhetins e na própria vivência cultual de nossas comunidades. O tema da beleza acompanha a nossa vida de fé, pois “a beleza é a expressão visível do bem, do mesmo modo que o bem é a condição metafísica da beleza” (Papa João Paulo II, Carta aos artistas). Por isso, a teologia e a arte nascem da profundidade do mistério e sua missão é comunicar a beleza da vida, mesmo que, no cotidiano, esteja fragmentada pelos obstáculos e pelas angústias da existência humana. Tornar clara a comunicação de Deus, o seu relacionamento com os homens e harmonizar as liturgias, é o que se pretende quando se entrelaçam Comunicação, Teologia, Beleza e Missão.
Paulo Nunes
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